quinta-feira, 29 de novembro de 2012 -
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Dia 30 de Novembro:
ü8h30 - 7ª Caminhada do Dia Mundial da Luta contra a
AIDS saindo da UBS Brandão Junior até a
Praça Fernando Abbott com a participação de alunos das escolas das redes
estadual e municipal de ensino e da Comunidade em geral.
ü10-12 horas – Apresentações artísticas a cargo das
Escolas.
ü14-17 horas – Barraca da Prevenção com distribuição de
preservativos, material informativo e realização do teste rápido diagnóstico na
Praça Fernando Abbott a cargo do Programa Municipal DST/AIDS e de acadêmicos da
UNIPAMPA.
Dia
1º de Dezembro:
ü9-11 horas – Blitz informativa na Polícia Rodoviária
Federal com oferta do teste rápido diagnóstico e na sinaleira da rua Duque de
Caxias com distribuição de preservativos e material informativo.
Eu sou o primeiro e — acredito — o primeiro de muitos que assistirão à cura do vírus da aids.
Como muito de vocês sabem, há alguns anos, eu recebi um transplante de células tronco para tratar uma leucemia não relacionada ao HIV. Como resultado deste transplante, meu corpo se tornou resistente ao HIV.
Meu caso, minha história, é a prova de que o HIV pode ter cura. A esperança está viva. E a cura está a caminho.
Como em todo grande passo, em especial nos que são inesperados, tanto pela comunidade médica como para o público em geral, é normal que haja uma parcela de ceticismo.
Portanto, vou ser bem claro e transparente: eu souHIVnegativo.Eu estou livre do vírus. Estaria sendo negligente se não deixasse isso claro. A despeito do que você pode ter ouvido e lido recentemente na mídia, estou curado do vírus da aids.
(Aplausos)
Meus médicos e cientistas com quem continuo a trabalhar com frequência, concluíram que eu estou curado da aids.
Eu não escolhi ser o ‘Paciente de Berlim’. Assim como, em 1995, eu não escolhi contrair o HIV. Também não procurei complicar ainda mais a minha vida quando fui diagnosticado com leucemia, a qual me levou ao transplante de células tronco.
Eu sou um ser humano que participou de um tratamento de última geração, o qual resultou na minha cura para o vírus da aids. A vida, por alguma razão, trouxe este destino para mim.
Assim, agora, eu estou escolhendo dedicar a minha vida, meu corpo e minha história à busca pela cura da aids.
Eu prometo ser um feroz advogado pela cura. A todos os infectados por esta doença, ou mesmo aos que virão a ser infectados pelo HIV.
Nós já perdemos muitas pessoas. Muitas almas. E eu estou escolhendo ser a fonte de esperança e inspiração de que nós, um dia, assim espero, teremos todos a habilidade de ser curados desta doença cruel. Uma doença horrível.
Eu entrei em uma nova fase na luta pela inovação em pesquisa, que levará à cura. Eu espero que a minha vida e história sirvam de inspiração para que outros sigam o mesmo caminho. O caminho para a cura. Uma cura que ajude a todos.
A Fundação Timothy Ray Brown será dedicada unicamente a encontrar a cura. É a única fundação dos Estados Unidos com esta única e exclusiva missão.”
Este foi o discurso de Timothy Ray Brown, o “Paciente de Berlim”, o primeiro homem curado do HIV, na XIX Aids Conference de 2012, em Washington. Em seu site, já há um link aberto para doações.
Embora representem cerca de metade da população brasileira, os negros ainda não têm acesso igual aos serviços de saúde no país. Em decorrência disso, doenças como a aids atingem este grupo com mais força. Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 2000 e 2009, o número de casos de aids, quando analisado apenas nos brancos, caiu de 62,9% para 54,8% (entre os homens) e de 60% para 53,1% (entre as mulheres). Já entre os homens negros, o número diminui apenas de 10,1% para 9,8%. Em relação às mulheres afrodescendentes, o índice subiu de 11,5% para 13,2% neste mesmo período.
O número de casos de aids entre a população parda também cresceu. Em 2000, os homens somavam 25,7% dos casos notificados e as mulheres 27,4%. Em 2009, o índice entre os homens chegou a 35% e entre as mulheres a 33%.
Um Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil 2009/2010, organizado pelo Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (Laeser), do Instituto de Economia da Universidade do Rio de Janeiro (IE-UFRJ), mostrou que em todas as grandes regiões geográficas agrupadas do País essas populações gozam de menor taxa de cobertura do Sistema Único de Saúde do que a população branca e que o número de óbitos em decorrência da aids chega a ser quase 10% maior do que em brancos.
Os números acompanham baixas taxas de acesso à educação e um grande percentual de empregos informais. Os negros também são vítimas do chamado racismo institucional, que se constitui quando um serviço público discrimina o grupo, dificultando o acesso a seus direitos como saúde, educação e moradia. A vulnerabilidade social dos negros os deixa mais vulneráveis à infecção e ao adoecimento pelo HIV, conforme comprovado por inúmeras pesquisas.
Cientes do problema histórico, o Movimento Negro pede por ações de equidade que diminuam sua vulnerabilidade e o baixo acesso do grupo a serviços essenciais. Entre as ações defendidas estão as cotas raciais para as universidades e o fim do racismo institucional. . “É preciso visibilizar o racismo. Escondê-lo é o próprio racismo. Disseminar a informação é fundamental”, disse Jurema Werneck, médica focada na saúde da população negra, durante os Congressos de Prevção de DST/Aids ocorridos em São Paulo em agosto de 2012. Segundo ela, a epidemia da aids não trouxe exatamente novidades na trajetória dos negros. Mas se nada na epidemia foi novo para a população, o que precisaria ser novidade é o tratamento destinado a ela.
Ação preventiva para os negros em São Paulo
No dia 20 de novembro, em que se comemora o Dia da Consciência Negra, o Programa Municipal de DST/Aids de São Paulo, em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura e o Parque da Juventude, realizará ação de prevenção no Parque da Juventude (ao lado da estação Carandirú do metrô). Serão distribuídos insumos de prevenção e materiais informativos, entre as 11h e 16h30min. Participarão da ação profissionais e agentes de prevenção do Programa Municipal e da Rede Municipal Especializada em DST/Aids.
O Projeto Xirê também estará presente no evento e realizará uma roda de conversa para debater sobre a importância da data.
Dia da Consciência Negra
O Dia Nacional da Consciência Negra é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A semana dentro da qual está esse dia recebe o nome de Semana da Consciência Negra. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. O Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte de africanos para o solo brasileiro (1594).