Boa tarde genteee!
Novamente após vários dias sem atualizar o blog, nós voltamos!!! Antes de começar a falar sobre o assunto de hoje, gostaria de agradecer a todos que leem o blog e que curtem nossa página no Facebook (Link aqui), e lembrar mais uma vez que vocês podem sugerir temas para os nossos próximos posts (dentro do tema sexualidade e doenças sexualmente transmissíveis claro ;D)
Pois bem, chega de falação e vamos ao que interessa....
Você já ouviu falar da pílula do dia seguinte? Já fez uso? Conhece alguém que já tenha utilizado? Será que funciona? Onde eu encontro? É caro?
Pois é, são muitas perguntas mas muitas vezes nem todos sabem as respostas e é essa nossa função aqui hoje!
Como todos sabem o início da vida sexual ocorre cada vez mais cedo, na maior parte das vezes, sem que os jovens se preocupem com nenhum procedimento contraceptivo, muitas vezes até por falta de conhecimento. Consequentemente, não são raros os casos de meninas grávidas aos onze, doze anos de idade. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a única maneira de evitar tais incidentes é mantê-las informadas a respeito dos riscos a que estão expostas (entre eles, a transmissão de doenças graves como a AIDS) e garantir-lhes o acesso aos métodos anticoncepcionais.
Entretanto, apesar do nível de informação sempre crescente a respeito dos riscos muitas moças se descuidam e engravidam. As desculpas são muitas: acharam desnecessária a prevenção, porque consideravam remota a possibilidade de manter relações sexuais, ou porque as relações eram tão esporádicas que não justificavam o uso contínuo das pílulas anticoncepcionais, ou, ainda, porque o rapaz tinha o hábito de usar preservativos.
De repente, as coisas escapam de seu controle e elas se dão conta de que o programa do dia anterior coincidiu exatamente com o período fértil. Diante da possibilidade de uma gestação indesejada, muitas recorrem à pílula pós-coital, também conhecida como pílula do dia seguinte, ou do arrependimento, que deveria ser usada só em situações extremas e não como rotina para evitar a gravidez.
MAS O QUE É?
A pílula pós-coital (ou pílula do dia seguinte) nada mais é do que a pílula anticoncepcional comum constituída por estrogênio e progestogênio. A única diferença está na dosagem um pouco maior (50 microgramas de estrogênio e 250 microgramas de progestogênio), quando indicada após uma relação sexual que represente risco de gravidez.
Então, a jovem que manteve relação num momento inoportuno, ou teve a infelicidade de o preservativo ter-se rompido, o que não é tão infrequente assim, ou, ainda, aquela que foi vítima de estupro podem valer-se dessa pílula para afastar o risco da gestação indesejada.
EM QUE CASOS SÃO INDICADAS?
Estupro, ruptura de preservativo ou coito num momento próximo da ovulação são casos que justificam a indicação da pílula do dia seguinte.
COMO DEVO TOMAR?
Deve-se tomar nas seguintes doses: 2 comprimidos no período que vai desde o momento da relação sexual até 72 horas depois e mais 2 comprimidos doze horas mais tarde. São 4 comprimidos ao todo, portanto.
Assim, a mulher que se encontra numa dessas situações de risco deve procurar obrigatoriamente um médico antes de completar as 72 horas para que ele possa prescrever-lhe a pílula. A eficácia é quase de 100%, uma vez que cria condições para apressar a menstruação e, com isso, impede que a gravidez se instale.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
A pílula do dia seguinte, só deve ser utilizada numa emergência, não como recurso anticoncepcional rotineiro. Sua indicação é direcionada para casos de estupro, como forma de impedir que o sofrimento de uma gravidez forçada viesse somar-se ao trauma e à violência impingidos à mulher nesses casos.
Quanto às meninas que mantêm relações sexuais com certa regularidade, essas devem procurar um médico para receber a orientação necessária sobre o uso da pílula ou de outro método contraceptivo adequado às condições de seu organismo e faixa de idade.
Aliás, nesses casos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a dupla proteção, isto é, a pílula anticoncepcional para elas e o preservativo para os meninos, a fim de protegê-las também contra a infecção pelo vírus HPV (papiloma vírus humano), por exemplo, que pode ser transmitido por via sexual e é responsável pelo aparecimento do câncer de colo de útero. Às vezes, as mulheres só descobrem tardiamente que são portadoras desse vírus, quando vão fazer o exame de Papanicolau.
ESSE TIPO DE ORIENTAÇÃO É OFERECIDO PELO SERVIÇO PÚBLICO DE SAÚDE?
Em São Paulo, a Santa Casa, o Hospital das Clínicas e o centro de saúde-escola da Faculdade de Saúde Pública da USP, a Escola Paulista de Medicina (UNIFESP) oferecem esse tipo de orientação. Em muitas das grandes cidades do interior, funcionam faculdades de medicina e hospitais-escola que podem prestar esse tipo de atendimento. Nas outras, a maioria possui postos de saúde competentes, responsáveis por informar e orientar as moças e pela prescrição dos medicamentos.
MAS ENTÃO, QUANTO CUSTA?
Na verdade não sai caro, sai o preço de uma cartela de pílulas anticoncepcionais de uso convencional, da qual são retirados apenas 4 comprimidos para serem tomados da seguinte forma: dois antes de completar as primeiras 72 horas posteriores à relação sexual e, doze horas depois, mais dois.
A PÍLULA DO DIA SEGUINTE APRESENTA EFEITOS COLATERAIS?
A dosagem mais alta de hormônios da pílula anticoncepcional pode provocar um pouco de náuseas. Por isso, recomenda-se que os comprimidos sejam tomados depois de uma refeição mais reforçada. É interessante observar, também, que a intolerância gástrica diminui quando a medicação é ingerida com líquidos gelados.
Fonte: José Mendes Aldrighi, médico e professor de Ginecologia do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e chefe do Departamento de Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.
Bom por hoje é só!
Ficaram com alguma dúvida?
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Patrícia Gomes