sábado, 12 de maio de 2012 - 0 comentários

EUA aprovam pílula preventiva contra Aids

      Olá, hoje gostaria de comentar um pouco sobre a notícia de um novo medicamento chamado Truvada publicada nesta quinta-feira (10) nos Estados Unidos. Esse medicamento é indicado á homens homossexuais cujo parceiro seja portador do vírus HIV.       O Comitê de Aconselhamento de Drogas Antirretrovirais, que assessora a Food and Drug Administration (FDA), agência que regula os alimentos e os medicamentos nos Estados Unidos, aprovou por 19 votos contra três a prescrição do Truvada para homens homossexuais HIV-negativos, e por 19 votos a dois (uma abstenção) receitar a droga para cônjuges não infectados cujos parceiros têm Aids.      O Truvada atualmente está disponível como tratamento para soropositivos em combinação com outras drogas antirretrovirais e a FDA o aprovou em 2004. Resultados de estudos de referência publicados em 2010 demonstraram que a droga, fabricada pela Gilead Sciences, ajudou a repelir o HIV em homens homossexuais que adotam comportamentos de risco de 44% para quase 73%.      Mas críticos observam que a pílula é cara - custa até US$ 14 mil ao ano (R$ 27 mil) - e outros alertam que o teste clínico não representa as circunstâncias do mundo real e poderia provocar um aumento na prática de sexo sem proteção e em uma retomada nos casos de Aids. O estudo foi realizado com 2.499 homens homossexuais, inclusive 29 transexuais, com idades entre 18 e 67 anos, sexualmente ativos, mas não infectados com o vírus causador da Aids.      Os participantes foram selecionados ao acaso para tomar uma dose diária de Truvada - combinação de 200 miligramas de emtricitabina e 300 milligramas de tenofovir disoproxil fumaratoo - ou um placebo. Aqueles que tomaram o novo medicamento com regularidade tiveram uma incidência quase 73% menor de infecções. Em todo o estudo, incluindo aqueles que não fizeram um uso tão seguido do Truvada, houve 44% menos infecções do que entre aqueles que tomaram o placebo.       O método de ingestão do medicamento antes da potencial exposição ao HIV é denominado profilaxia pré-exposição (PrEP). "Poderá haver um aumento do risco para os homens que, acreditando falsamente estar 100% protegidos, parassem de usar preservativos. Uma redução no uso do preservativo significaria um risco maior de transmissão e disseminação de um vírus resistente a medicamentos", alertou em um comunicado a Aids Healthcare Foundation. "Os 44% que se beneficiaram do Truvada no estudo iPrex foram aconselhados mensalmente e fizeram exames frequentes para detectar infecções sexuais, algo que não é verossímil no mundo real", acrescentou.      Os homens homossexuais representam mais da metade dos 56 mil novos casos de HIV nos Estados Unidos, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças do país.Uma análise do custo e benefício, realizada no mês passado por especialistas da Universidade de Standford, sugeriu que o medicamento seria financeiramente viável entre homens gays com cinco parceiros ou mais ao ano, mas seria proibitivamente caro se promovido para todos os homossexuais masculinos.      Dada a notícia, vamos ao prós e contras: Como frisado acima quem for fazer uso da pílula vai falsamente acreditar que está 100% protegido, deixando dessa forma de fazer uso do preservativo. Por outro lado, essa é uma ótima notícia para parceiros onde um é portador do vírus e o outro não, é uma alternativa mais 'fácil' e acessível á casais que pensam em ter filhos.

E vocês, o que acham da nova 'descoberta'?


Beijinhos, Paty!

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